Por Ricardo Wagner –
comunicador popular pela Obas
Recebidos com uma breve chuva, a
equipe de comunicação da Obas realizou entre os dias 22 e 23 de maio, em
Aroeiras , comunidade a 27 km de Aracati, a Oficina
sobre Comunicação como Direito: módulo fotografia.

A proposta foi uma reinvindicação das agricultoras Eliane e Maria, que haviam participado de um intercâmbio no ano passado, para conhecer as implementações das cisternas de 2ª Água, do Programa 1 Terra e 2 Águas, do Ministério do Desenvolvimento Social – MDS em parceria com a ASA – Articulação do Semiárido. “Eu levei minha máquina pra fazer as fotos das cisternas, das paisagens. Mas as fotos ficavam tudo tremida. Daí eu fiquei aperreando o pessoal da Obas até que a gente conseguiu marcar essa oficina aqui em Aroeiras”, disse toda feliz dona Eliane.
A proposta foi uma reinvindicação das agricultoras Eliane e Maria, que haviam participado de um intercâmbio no ano passado, para conhecer as implementações das cisternas de 2ª Água, do Programa 1 Terra e 2 Águas, do Ministério do Desenvolvimento Social – MDS em parceria com a ASA – Articulação do Semiárido. “Eu levei minha máquina pra fazer as fotos das cisternas, das paisagens. Mas as fotos ficavam tudo tremida. Daí eu fiquei aperreando o pessoal da Obas até que a gente conseguiu marcar essa oficina aqui em Aroeiras”, disse toda feliz dona Eliane.
Mas a oficina foi aberta a todas
as pessoas, sem distinção de faixa etária. O objetivo foi tratar a comunicação
como direito, trazendo conceitos baseados no Artigo 19, alertando sobre o
direito à informação e como construir estratégias de acesso a esses direitos
através da comunicação.
“Aqui a gente não tem muito o que
fazer”, comentou Ewerton Senna, 17 anos. “Pra gente se divertir, só se
encontrando no banco do poste”. O citado banco é feito do tronco de uma
carnaúba, e fica debaixo de um poste que ilumina um trecho da comunidade. “É lá
que a gente se reúne, mas não temos um grupo assim, organizado. A gente já
dançou quadrilha e temos até o nome: Tiquim de tudo”, completou Maurício Luan.
Um debate sobre o Estatuto da
Juventude foi sugerido para o próximo encontro, como forma de iniciar a
organização do grupo, e todxs concordaram.

No módulo sobre fotografia, o
comunicador popular Thiago Ramalho trouxe um elemento lúdico à oficina: a
Câmera escura. Feita de uma caixa de papelão e outros materiais simples, o
objeto despertou, num primeiro momento, dúvida sobre sua eficácia. As pessoas
foram para o terreiro observar a paisagem dirigindo a pequena caixa para um
ponto e olhando através dela. As reações foram bastante interessantes, típicas
das descobertas. A história da fotografia foi apresentada em vídeo e técnicas
básicas de utilização de equipamentos fotográficos enriqueceram a oficina.
Como não podia deixar de acontecer, a turma saiu pela comunidade para registrar cenas pitorescas. Munidos de máquinas e celulares, a turma pode fotografar a paisagem, os animais e o pôr do sol na barragem, cercada por carnaúbas.
Foi hora de por em prática os conceitos sobre luz e sombra, enquadramento, o que se quer fotografar, flagrantes, movimentos entre outras técnicas.
Esse povo é criativo!
Na manhã do dia seguinte, a turma
confeccionou um estandarte para fortalecer e oficializar o nome do grupo. O Tiquim de Tudo começa a tomar forma. Como
programado, conceitos práticos de edição de fotos foram apresentados, como
aplicativos para celulares e programas de computador.
A energia das pessoas da
comunidade Aroeiras impressiona.
Certamente, muitas ações edificantes virão por
aí.
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