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sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Construindo o conhecimento agroecológico é tema do FCVSA


"Que modelo é esse que escraviza, que explora, que não valoriza o conhecimento das agricultoras e agricultores em suas práticas ecológicas, sem utilização de veneno?" Com essa provocação, Alessandro Nunes, que faz parte da coordenação do FCVSA, invoca as/os participantes do encontro a refletir sobre o modelo hegemônico em que o agronegócio prepondera. Fazendo contraponto a tudo isso, o debate é fundamental para avaliarmos e avançarmos em nossas práticas agroecológicas.


O Fórum Cearense pela Vida no Semiárido - FCVSA,  está realizando em Tianguá, Ceará, a reunião ampliada em que a agroecologia é o tema principal. 

Durante dois dias, agricultores e agricultoras, técnicxs, comunicadorxs  e coordenações discutirão e refletirão sobre as práticas agroecológicas, seus impactos e ampliações. 
A construção de um novo modelo social prevalece, já que a agroecologia preocupa-se com o bem viver do planeta, com o enfrentamento ao agronegócio,o não uso de agrotóxico, o combate a exploração do trabalho das mulheres e crianças, entre outros.



Seu Saldanha, ambientalista do Vale do Jaguaribe, é figura atuante e conhecida nos debates agroecológicos. Mesmo com a voz prejudicada por uma inflamação na garganta, o agricultor fez questão de compartilhar as suas vivências, principalmente sobre as trilhas ecológicas a que vem se dedicado. Ele disse que "As trilhas são um instrumento de socialização do conhecimento. É nesse momento que as pessoas podem conferir de perto as espécies nativas, sejam animais ou vegetais, os processos de degradação ambiental, os mananciais de água, o solo... É importante que instituições como a Obas coloquem as trilhas como pauta das suas atividades. Em Barreira, tivemos a oportunidade de realizar duas trilhas. Aí a gente consegue avaliar as mudanças ambientais junto com as pessoas da comunidade".

Durante os trabalhos dos grupos, as ações da Articulação do Semiárido - ASA, foram citados como fundamentais na promoção da agroecologia, já que as formações e intercâmbios promovidos durante as implementações das tecnologias sociais (cisternas de placas para consumo, cisternas para produção de alimentos entre outras) se referem à agroecologia como a prática do bem viver.


Entre as atividades, estão previstas visitas de intercâmbio, visita a feira da agricultura familiar, apresentação cultural da campanha "Não troque o seu voto por água" (com uma peça teatral), entre vários debates.










Por Ricardo Wagner -comunicador popular Obas/ASA
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