Moradores de Barriguda, no sertão da Aratuba, são capacitados em gestão
de água para produção de alimentos
por Thiago Silveira - comunicador popular Obas/ASA
O que representam 52 mil litros de água na vida de uma família? Para quem está no meio do sertão e tem que conviver com a escassez de água representa muita coisa, como produzir parte do próprio alimento.
Em Aratuba, município da Região do Maciço de Baturité, 40 famílias estão sendo beneficiadas com a chamada segunda água. Com apoio do Banco do Nordeste, as famílias recebem a cisterna de caráter produtivo, onde plantam no quintal de casa verduras, hortaliças, frutíferas principalmente para o consumo próprio.
Os beneficiários recebem mais que uma cisterna, eles passam
por todo um processo de capacitação para gerir da melhor forma o recurso. Foi
isso que aconteceu com um grupo de 20 famílias da localidade de Barriguda no
sertão de Aratuba. Durante dois dias de muita troca de saberes e experiências
da lida no campo, assessorados pelo também agricultor Deimy Santos, os
agricultores e agricultoras participaram do curso de Gestão da Água para
Produção de Alimentos (GAPA).
Entre cálculos para o uso da água, brincadeiras, companheirismo e expectativa, já que o material para a construção da Cisterna Calçadão tinha chegado à maioria das casas, o grupo ampliava os horizontes do conhecimento sobre diversos temas. A discussão sobre agroecologia, por exemplo, ficou clara com o comentário de que “o mato é o cabelo da terra”, por tanto, nada de queimadas.
Entre cálculos para o uso da água, brincadeiras, companheirismo e expectativa, já que o material para a construção da Cisterna Calçadão tinha chegado à maioria das casas, o grupo ampliava os horizontes do conhecimento sobre diversos temas. A discussão sobre agroecologia, por exemplo, ficou clara com o comentário de que “o mato é o cabelo da terra”, por tanto, nada de queimadas.
Outros temas também fazem parte do programa de capacitação, entre
eles a relação de gênero.
O grupo bem equilibrado entre homens e mulheres pôde
perceber que a responsabilidade pela gestão da água é de todos, independe do
gênero.
No tempo bem aproveitado ainda foi possível conhecer o quintal do seu José e Dona Maria, os anfitriões, e suas experimentações. Foi nesse clima de partilha, sentido o vento forte que batia na varanda da casa, e desfrutando um delicioso mugunzá no almoço, que o curso aconteceu.
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