Foi pela
necessidade que a humanidade começou a experimentar os produtos da natureza e
descobrir suas utilidades e benefícios, principalmente na alimentação.
Aprendemos a roçar o chão, a plantar e a colher. Experimentamos raízes, folhas,
frutos, sementes e diversos vegetais, mas não tínhamos muita preocupação com a
terra. Hoje, entendemos que os solos têm grande importância nas nossas
vidas. É dele onde retiramos grande parte do nosso sustento.
Mas ainda
há muito a se discutir e colocar em prática no que diz respeito à saúde do
planeta e dos seres vivos. Pensando nisso, a FAO – Organização das Nações
Unidas para a Alimentação e a Agricultura resolveu implantar o Ano
Internacional dos Solos.
Essa é
uma boa oportunidade para debatermos, refletirmos e agirmos concretamente na
perspectiva de modificarmos tais atitudes que levam a degradação e poluição dos
solos. Durante uma semana, que vai do dia 16 a 22 de março, a Obas
– Organização Barreira Amigos Solidários realiza a 11ª Semana das Águas – cujo
tema é “Água e solos: onde brota a vida”.
Segundo a
FAO, “a América Latina e o Caribe têm
as maiores reservas de terras cultiváveis do mundo, e por isso o cuidado e a
preservação dos solos são fundamentais para que a região alcance sua meta de
erradicar a fome”. A saúde dos solos é a base da agricultura familiar, o
que faz produzir alimentos de qualidade, combatendo a fome e cumprindo seu
papel como reservatório da biodiversidade. Os cuidados com a terra são
essenciais para enfrentar as mudanças climáticas, já que os solos compõem o
ciclo de carbono. Para isso,
nosso olhar deve estar voltado à consciência do equilíbrio entre a necessidade
de preservação dos recursos naturais e expansão da produção de alimentos.
A
fragilidade e, muitas vezes, a infertilidade dos solos se devem ao seu uso
contínuo e sem cuidados essenciais, provocado muitas vezes, pela aplicação de
agrotóxicos e queimadas, acelerando processos de erosão e desertificação.
Sabemos que o ato de queimar fragiliza os microorganismos vitais para a saúde
da terra e dos recursos hídricos, mas essa prática continua em alta. Vale
lembrar, ainda, que o avanço do agronegócio e suas práticas de mono-cultivo são
fatores determinantes para o crescimento devastador desse processo erosivo.
Ainda em
2015, temos duas datas de referência: o dia 15 de abril – Dia da Conservação do
Solo, e 5 de dezembro – Dia Mundial dos Solos, que será comemorado pela
primeira vez.
É
importante cuidarmos dos solos: é da terra que brota a vida.
Ricardo Wagner – Comunicador popular -
Obas/ASA
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