Mulheres curando o Rio Doce na mística inicial da Plenária de Mulheres do IV ENA Foto: Cintia Barenho |
Entre os dias 31 de maio a 3 de
junho, Belo Horizonte teve sua rotina alterada para receber as/os participantes
do IV
ENA – Encontro Nacional de Agroecologia. Com muita alegria e energia, agricultoras e agricultores,
comunicadores/as, juventudes, integrantes de movimentos sociais, professoras/es,
quilombolas, movimentos de mulheres, LGBTTQI’s, universidades e população se
uniram no Parque Municipal de Belo Horizonte para apresentar ações
agroecológicas e discutir avanços e propostas gerais.
Com o tema “Agroecologia e democracia, unindo campo e cidade”, o ENA deste ano promoveu em suas tendas amplos debates buscando a conscientização de que “a agroecologia é uma alternativa para a superação do modelo de desenvolvimento agrícola e abastecimento alimentar ambientalmente predatório e socialmente injusto que permanece dominado as orientações políticas do Estado brasileiro”, como descrito em sua Carta Política, construída durante o encontro.
Conversa Desenhada
As experiências apresentadas
vieram de todos os biomas brasileiros, visibilizando várias possibilidades de
enfrentamento à degradação da natureza e aos dilemas sociais. A cada tenda, uma
Facilitação Gráfica ou Conversa Desenhada foi realizada, com o propósito de permitir
outras formas de comunicar as ações. A técnica promove a visualização das falas através da imagem como elemento lúdico, facilitando a compreensão e sintetizando o contexto.
O que produzimos é o que queremos consumir
Fernando Silva, jovem agricultor de Barreira/CE, participando da feira |
Nada mais sensorial do que comer, cheirar, tocar, usar os produtos da agricultura agroecológica expostos na feira. Fernando Silva, jovem agricultor de Barreira, levou produtos como o mel, cajuína, doce de caju e castanha.
Bastante animado, Fernando disse que a feira “ É um evento
que precisa continuar, pois a gente aprende muito com as outras culturas. Eu circulei pelas tendas e fiquei impressionado com a forma que outras pessoas de outros estados plantam. Eu vendi tudo que eu trouxe e comprei café, cachaça mineira, artesanato... Muita coisa que a gente não tem
oportunidade de encontrar fácil. Já quero participar de todos os outros encontros sobre agroecologia”.
por Ricardo Wagner - comunicador popular pela Obas
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