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terça-feira, 16 de dezembro de 2014

XIII Feirão da Sócio Economia Solidária inicia com seminário estadual em Fortaleza

Está acontecendo neste momento na Faece, em Fortaleza, o Seminário Estadual da Rede Cearense de Economia Solidária. Com ampla programação e debates, além do XIII Feirão da Sócio Economia Solidária, o objetivo do encontro é fortalecer a rede cearense, bem como apresentar as diferentes formas como a economia solidária se forma pelo Brasil.

Participantes realizam dinâmica de apresentação.

A doutora e professora da Universidade Federal do Ceara, Elza Braga, iniciou com o painel “Articulações possíveis entre o Desenvolvimento Territorial e a Economia Solidária no Ceará”, onde citou a valorização humana como peça fundamental e que a diferencia do modelo de economia apresentado pelo capitalismo, que como bem sabemos, só explora e escraviza. Também foram lembradas as experiências de associações vinculadas ao campo e à cidade, como estratégia de produção e comercialização autônoma dos meios de vida, o trabalho de instituições da sociedade civil, as universidades e IFE’s que vêm apoiando o desenvolvimento da economia solidária.

A professora fez questão de valorizar o contexto histórico da Ecosol no processo formativo, bem como os seus avanços lembrando exemplos como a criação de um grupo de trabalho brasileiro de economia solidária, a partir do II Fórum Social Mundial, em 2002, a criação do Fórum Brasileiro de Economia Solidária (2003) como também a criação da SENAES – Secretaria Nacional de Economia Solidária.
Os avanços foram apresentados nas três conferências (2006, 2010 e 2014), mas a professora Elza lembrou alguns limites que ainda são enfrentados, como a aprovação do marco regulatório e a economia solidária como política de estado. É preciso indagar-se sobre o andamento dos projetos, sobre os avanços – ou não – das compras de produtos e serviços por órgãos governamentais dos produtos da ecosol e se de fato há uma promoção dos espaços de comercialização, sejam fixos ou feiras.
Pensar na economia solidária é observar seu caráter inovador, sua forma dinâmica e articulada, onde empreendimentos se fortalecem através das culturas locais, da criatividade, da troca de saberes e do envolvimento das gerações.


Por Ricardo Wagner – Comunicador popular pela Obas/ASA


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